Aniversário? É possível que o técnico nem saiba. Companheiros de trabalho o veem no auge e “maluco” por trabalho. Depois da Copa? Nem ele sabe se ficará na Seleção
Nesta sexta-feira, 25 de maio, Tite completa 57 anos. É possível que ele nem se lembre. Quem trabalha com o técnico tem comentado, nessa primeira semana de preparação para a Copa do Mundo, que ele parece em transe em alguns momentos. Sem ouvido ou atenção para qualquer coisa que não seja sobre a equipe.
Nem mesmo para seu futuro. Tite não sabe o que será o amanhã. Obviamente, pensa em seguir na seleção brasileira depois do Mundial e iniciar um ciclo completo, de quatro anos.
O treinador lamenta muito ter tido apenas metade do tempo antes de chegar à Copa da Rússia. Pensa que poderia ter convocado, treinado e conhecido melhor os jogadores, além de outros que não tiveram chance. Julga que a possibilidade de erro seria consideravelmente menor.
Por outro lado, ele não consegue desvincular o que vai acontecer na Rússia do caminho que sua vida tomará depois. A possibilidade de trabalhar na Europa, em países cujo idioma ele domina – Itália, Espanha e Portugal – empolga, mas a maior parte de sua comissão técnica torce para que tenha seu contrato estendido por mais quatro anos na Seleção.
Há alguns meses, Tite pesava uma série de elementos numa balança para avaliar o que seria de julho em diante. Agora não se permite mais. Só pensa na Copa do Mundo.
Um de seus braços-direitos, o coordenador Edu Gaspar vê o técnico em seu auge.
– Tite, a comissão técnica e eu nos sentimos jovens ainda com dois anos de Seleção, quanto mais tempo, temos mais segurança, oportunidade de observar atletas. Mas o Tite está num momento especial. Ele vive um momento espetacular taticamente, emocionalmente, com o grupo, em comunicação. Isso trouxe essa virada de autoestima na Seleção. Acho que a vivência traz essa vantagem – disse.
Conforme os dias passam e a estreia na Copa se aproxima, mais frequente e ativa será a presença de Tite no gramado ao lado dos jogadores. Nesses primeiros dias na Granja Comary, os médicos, preparadores físicos e fisiologistas apareceram muito mais.
O técnico e seus auxiliares passam horas a portas fechadas, seja com analistas dos clubes que estudaram os adversários da primeira fase, ou somente entre eles, pensando em alternativas para os primeiros treinos e amistosos. Três jogadores ainda não têm condição de jogo: o lateral-direito Fagner e os atacantes Neymar e Douglas Costa.
fonte ; Globo Esporte
Da Redação do Blog ; Esportivo Santacruzense
Nenhum comentário:
Postar um comentário