sexta-feira, 13 de julho de 2018

França chega à final com 112km e três prorrogações a menos que a Croácia

Equipe francesa vai a campo menos desgastada do que o rival na decisão na Copa do Mundo. Jogadores elogiam resistência croata


A França jogou na terça; a Croácia, na quarta. A França resolveu todos seus jogos de mata-mata no tempo normal; a Croácia, todos na prorrogação – acrescida de pênaltis contra Dinamarca, nas oitavas de final, e Rússia, nas quartas. A matemática avisa: domingo, em Moscou, a final da Copa do Mundo terá uma equipe mais desgastada do que a outra.

Os franceses têm vantagem. Além de não enfrentar prorrogações, além de ter um dia a mais de descanso, eles puderam poupar seis titulares na terceira rodada da fase de grupos – já estavam classificados.


Aos croatas, restou o desgaste, físico e mental, de encarar prorrogações sequenciais. Só na última, contra a Inglaterra, eles conseguiram evitar os pênaltis – graças ao gol de Mandzukic, aos 2 minutos do segundo tempo do período extra, que ainda teve cinco minutos de acréscimos. O próprio atacante, exausto, se arrastava em campo nos instantes finais na partida.

As prorrogações tiveram impacto na distância percorrida pelas duas seleções até a final na Copa. Somados todos os jogadores em todas as partidas do Mundial, os croatas correram 112km a mais. Na primeira fase, os franceses haviam percorrido 4km a mais que os futuros rivais.

– Nós tivemos três prorrogações. É culpa nossa não termos resolvido os jogos antes. Vamos estar prontos para a França. Alguém disse que nós nos preparamos apenas para a fase de grupos, o que está errado. Nos preparamos para estar aqui. A França tem um dia a mais de descanso, mas isso não é desculpa. Vamos jogar contra a França como se fosse o primeiro jogo da Copa. Não vamos dar desculpas – disse o técnico Zlatko Dalic.


Os franceses não acreditam em grande vantagem pela melhor preparação para a partida. Acreditam que uma final de Copa do Mundo iguala as pernas, como observou o zagueiro Umtiti.

– Ao chegar ao final da competição, há um desgaste, sobretudo quando se enfrenta três prorrogações. Eles devem estar cansados. Mas numa final se passa por cima disso. É jogo para ser campeão do mundo. Mesmo cansados, estarão lá, estarão presentes, como nós estaremos.

Outro francês, o meia Matuidi, disse que ficou impressionado com o vigor físico da Croácia contra a Inglaterra.

– Não estamos aqui para dizer que eles jogaram prorrogações. Vimos a última partida. Tivemos a impressão de que era a primeira partida. Foi incrível. Eles estarão lá. É uma final de Copa. São jogadores de muita experiência. Não acho que as partidas na prorrogação serão uma desvantagem para eles.


A França também tem uma equipe mais jovem. Comparados os times que atuaram nas semifinais, os Bleus têm média de 25,8 anos, contra 29 dos croatas.

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