quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Vice-presidente de futebol revela qual será a maior contratação do Cruzeiro ao atingir 100 mil sócios

De acordo com Itair Machado, objetivo do clube é ter a gestão do Mineirão; Minas Arena contesta meta de dirigente



No início da gestão da nova diretoria do Cruzeiro uma promessa foi feita: se o clube atingisse 100 mil sócios, a maior contratação da história do clube seria feita. Após o desafio lançado pelo vice-presidente de futebol, Itair Machado, muitos nomes foram especulados à época. Entre eles, o do atacante Ricardo Goulart. Mas a promessa não envolvia a contratação de um jogador de peso.

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Na quinta-feira, momentos após o título da Copa do Brasil, o dirigente revelou ao Globo Esporte o nome dessa contratação: o Mineirão. Itair Machado comentou que o objetivo do clube é assumir a gestão do estádio e que, inclusive, o Cruzeiro já traça os planos com o governo de Minas e o Ministério Público.

"Quando eu anunciei que a maior contratação da história do Cruzeiro com 100 mil sócios, esse nome seria o Mineirão. A Minas Arena já sabe que o Cruzeiro tem a intenção. Estamos jogando aberto."


Nem a mudança de governo tira a confiança do Cruzeiro em ter o controle das ações no Mineirão. Itair crê que a nova gestão no estado desejará mostrar serviço e que o acordo com a Raposa é um bom negócio. Atualmente, o Cruzeiro conta com mais de 81 mil sócios-torcedores.


"Já solicitamos ao governador. O Ministério Público está verificando a legalidade. O Cruzeiro quer o Mineirão. Mesmo mudando o governo, o Cruzeiro crê que quem entrar vai querer mostrar trabalho."

A concessionária que administra o Mineirão informa em nota que "desconhece quaisquer tratativas relacionadas ao assunto abordado na matéria, o que descaracteriza o 'jogo aberto' informado pelo dirigente na reportagem".

Com surpresa após tomar conhecimento da declaração do dirigente, após a publicação da matéria, a concessionária afirma que "não há nenhuma lógica entre o atingimento de uma meta de marketing do clube e a hipotética revogação de uma concessão pública. O contrato de fidelidade continua vigente, e o clube permanece inadimplente em valor superior a R$ 24 milhões referente a dívidas de reembolso dos custos operacionais das partidas realizadas no estádio", informa a Minas Arena.

A dívida citada diz respeito ao imbróglio entre Cruzeiro e Minas Arena, que vem desde 2013, quando o clube deixou de pagar parte das despesas de operação do estádio, alegando que o Atlético-MG foi liberado de arcar com tais valores na decisão da Libertadores daquele ano, quando jogou no Mineirão. Desde então, as duas partes estão na Justiça discutindo o assunto. Recentemente, Cruzeiro e Minas Arena tentaram um acordo extrajudicial, que terminou sem avançar.


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