sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Análise: o que funcionou e o que ainda pode melhorar no Palmeiras 2018

Verdão começa a temporada com vitória por 3 a 1 sobre o Santo André




U
m primeiro tempo positivo, alguns sustos no segundo e uma vitória com base naquilo que o Palmeiras tem de melhor: o elenco. Mais uma vez cercado de expectativa pelo alto investimento, o Verdão oscilou para fazer 3 a 1 sobre o Santo André, na arena, mas tem uma margem de crescimento enorme para o restante da temporada.

Sim, é verdade que o adversário está em um nível técnico muito inferior, mas o Palmeiras deixou uma boa impressão na estreia. E não só pelo placar. Em pouco mais de duas semanas, o técnico Roger Machado conseguiu implementar parte de sua filosofia de jogo, com toques rápidos e muita movimentação ofensiva. Se o ataque foi bem, a defesa tem muito a melhorar.



Veja abaixo o que funcionou e o que ainda pode evoluir:

Lucas Lima ligadão



O meia sabia que precisaria jogar bem em seu primeiro jogo diante da torcida alviverde. E jogou. Muito mais disposto do que nos últimos meses de Santos, o armador se movimentou pelo gramado em busca de espaço. Por diversas vezes, ele voltou ao campo defesa para buscar a bola nos pés dos zagueiros e dar início às jogadas.

A mobilidade abriu a defesa do Santo André e facilitou o trabalho do trio Willian, Borja e Dudu. Para quebrar o gelo, o meio-campista fez um golaço em chute de fora da área sem nenhuma chance de defesa para Neneca. No fim da partida, ainda deu a assistência para Keno fechar o placar.



Felipe Melo em destaque
É verdade que o volante não teve muito trabalho na marcação no primeiro tempo. Até por isso, conseguiu jogar mais solto no meio de campo, alternando momentos de saída de bola com Lucas Lima e Tchê Tchê.

Foi ele quem encontrou Borja livre na esquerda com um ótimo lançamento. Seria um gol ainda mais bonito se a finalização de Dudu não tivesse batido no trave. Willian, no rebote, fez 1 a 0. A boa qualidade nos passes, aliás, credencia Felipe Melo para ser titular absoluto ao menos neste início de temporada.



Borja começa diferente


Os pedidos de Cuca para que o centroavante participasse mais dos jogos parecem ter surtido efeito. Com liberdade, o colombiano rodou pelo ataque e foi importante para tirar os zagueiros adversários de posição. A ansiedade para fazer gols, porém, atrapalhou e fez o atacante arriscar alguns chutes quando a melhor opção seria tocar para um companheiro.

Borja também colaborou nos momentos em que o Palmeiras caiu de ritmo no segundo tempo. Com o Santo André mais ofensivo, sobretudo em cima de Marcos Rocha, o atacante recuou e passou a auxiliar o lateral na marcação.

– Eu gostei de sua movimentação, da participação e dedicação. Mas temos que saber que temos um atacante de área, precisamos criar para ele também – afirmou o técnico Roger Machado na entrevista coletiva.


Keno se destaca

Destaque no fim do ano passado, o atacante perdeu a vaga de titular durante os treinos, mas mostrou que pode recuperá-la a qualquer momento. A entrada dele mudou a partida. A presença dele com o Santo André já desgastado fez o Palmeiras segurar a bola no ataque e fugir da pressão. Um gol, uma bola na trave e uma chance clara perdida em apenas 26 minutos em campo.


O que precisa melhorar?


O Palmeiras teve problemas quando o Santo André passou a concentrar seu jogo em cima de Marcos Rocha. O lateral mostrou certa dificuldade na marcação. Tanto que as principais chances do Ramalhão começaram por aquele setor.

Titulares da zaga, Antônio Carlos e Thiago Martins também oscilaram. Os dois fizeram bom primeiro tempo, sempre com a defesa posicionada na área. A dificuldade surgiu nos momentos em que eles precisaram sair à caça dos atacantes. A concorrência será grande no setor, que ainda conta com Edu Dracena, Juninho, Emerson Santos, Pedrão e Luan. Geromel, do Grêmio, foi descartado pela diretoria.


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