terça-feira, 19 de junho de 2018

Tite cria triângulo de talentos pela esquerda como trunfo para o hexa

Ataque da Seleção pende para o lado onde Neymar, Coutinho e Marcelo jogam mais próximos, mas ajustes do outro lado e no posicionamento dos meias se tornam essenciais
único gol marcado pela seleção brasileira – por enquanto – nesta Copa do Mundo nasceu de uma associação entre seus pés mais habilidosos. Ao alterar o posicionamento de Philippe Coutinho, antes aberto pela direita, Tite aproximou seus três jogadores mais imprevisíveis e formou um triângulo que tem merecido atenção especial da comissão técnica nos treinamentos.

Neymar, Coutinho e Marcelo construíram, com passes e movimentações, a jogada que, após rebote da zaga, terminou no chute preciso do meio-campista. Desde que adotou o 4-1-4-1, ainda no Corinthians, como base para seu jogo, Tite estimula a formação de triângulos pelos lados como forma de infiltrar na área adversária e criar chances de gol.

O triângulo já existia antes. Ele independe dos jogadores que o formam. Do lado direito, por exemplo, tem Danilo, Paulinho e Willian, numa combinação de muito mais imposição física, com força e velocidade, do que talento e improviso.

No treinamento de sábado passado, o último antes da estreia na Copa, a comissão misturou titulares e reservas, mas teve o cuidado de manter o lado esquerdo intacto. Marcelo, Coutinho e Neymar ficaram no mesmo time, um estímulo ao entrosamento do trio, que não teve, nos últimos anos, hábito de atuar tão próximo.

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