terça-feira, 26 de junho de 2018

Tite planeja reação do setor direito após mudança de posição do midas Coutinho

Sem as combinações que a presença do craque proporcionava ao setor, técnico procura ajustes para fazer Paulinho e Willian voltarem a render melhor, agora com Fagner

Midas é um personagem da mitologia grega que transforma em ouro tudo aquilo que toca. Pode-se dizer que Philippe Coutinho tem exercido poder semelhante na seleção brasileira. Seu deslocamento em campo é a maior prova disso. Ao consolidar sua mudança de posição pouco antes da Copa do Mundo, Tite criou um lado esquerdo poderosíssimo, mas deixou o direito carente do talento de seu principal meio-campista.

Para entender como o Brasil cria seus principais lances ofensivos, é preciso imaginar a formação de um triângulo de cada lado. Os vértices são os laterais, os meias centrais e os atacantes de lado. Portanto: Marcelo, Coutinho e Neymar na esquerda; Fagner, Paulinho e Willian na direita.

Na esquerda, talento puro e jogadores que têm características de jogo combinado: ou seja, evoluem em campo baseados nas trocas de passes curtos e movimentações. Coutinho foi o melhor das três partidas que começou como meia centralizado: Áustria (3x0), Suíça (1x1) e Costa Rica (2x0). Também fez gols em todas elas.

Esse desempenho faz com que Tite não pense em tirá-lo dali.

O técnico e sua comissão queimam neurônios é para descobrirem soluções na direita. Paulinho e Willian são jogadores de mais velocidade e força. O volante tem participado menos da construção dos lances justamente por ter perdido a companhia de Coutinho pelo seu lado.

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